- Contacto Atlântico
Linea Residences
Costuma dizer-se que menos é mais e, no caso de Linea Residences, a equação não podia ser mais verdade. É que, em plenas Avenidas Novas, este novo edifício - agora de habitação – é a visão moderna da Lisboa clássica.
Tudo começou há cerca de quatro anos e meio. Em plena zona norte da Avenida 5 de outubro, próximo do jardim do Campo Grande e da rotunda de Entrecampos, bem no centro de Lisboa, o número 293 era, até meados de 2018, um edifício de escritórios que passava despercebido.
Tendo essa base como ponto de partida, o primeiro desafio foi como fazer a sua conversão para um edifício de habitação capaz de responder às necessidades de conforto, estéticas e estilo de vida atuais?
Da análise do espaço envolvente, das condicionantes de construção e da ambição de projeto, a solução foi quase natural. Tinha de ser um edifício interessante esteticamente e que transmitisse verticalidade, leveza, transparência, amplitude.
Porquê? Por razões essencialmente funcionais: o interesse estético por se tratar de um edifício de grande centralidade e visibilidade e que, ao ser destinado a habitação, teria de estar integrado no contexto e na traça local, e de apaixonar os potenciais moradores; a verticalidade para se destacar na linha da rua – uma fachada distinta entre fachadas; e, por fim, a leveza, transparência e amplitude, para realçar a fachada e valorizar o espaço interior, como para responder a um estilo de vida amplo, aberto e arejado que, sobretudo depois de 2020, passou a ser quase obrigatório.
Encontrado o conceito, um novo desafio: o de pôr em prática todas estas ideias ligadas por uma condição subjacente: a simplicidade.
Uma ideia muito clara: o desejo de ter uma grande simplicidade no projeto. Isso foi conseguido através de algumas opções técnicas, por exemplo, um sistema de caixilharia que no alçado principal permitisse que, do lado exterior, só se visse o vidro. As guardas, também em vidro, são outra opção técnica importante para este propósito. E, realmente, o que se vê são somente três materiais: o barramento do alçado, o revestimento do interior dos corpos balançados – varandas – em azulejo, e o vidro. Não há mais nada.
Mas, porque a simplicidade requer um complexo exercício de coordenação, compatibilização e otimização, foram necessários muito estudos, pesquisas de soluções e cruzamento de conhecimento e expertises para chegar a um resultado excelente.
Assim, fazendo jus ao nome, o desenho das fachadas é dominado por linhas. Linhas – muitas linhas verticais, semelhantes, mas discretamente irregulares, que servem de base a varandas (que não existiam no edifício anterior) e que, com guardas em vidro, transparentes e impercetíveis ao longe, criam verticalidade e dinamismo.
Esse dinamismo é ainda reforçado pelos diferentes ângulos que, na fachada principal, refletem a luz de forma diferente para cada fração, e consequentemente, geram jogos de luz e sombra em toda a fachada.
Também no alçado tardoz foram utilizadas as palas verticais, mas tendo em conta que a lógica do projeto deste lado do edifício foi a de interior de quarteirão, mais simples e calmo, o desenho das mesmas é diferente para garantir um sombreamento parcial, e maior privacidade a estes espaços.
Assim, os apartamentos deste lado, T3 e T1, contam com varandas maiores, com janelas minimalistas que se abrem para o exterior com caixilharia que acompanha toda a fachada, proporcionando planos envidraçados de uma ponta a outra.
O resultado, visto de fora, é que, em ambas as fachadas, são muito poucos os elementos visíveis, o que contribui para que o que sobressaia seja o desenho do edifício, puro e simples. Daí que as janelas e caixilhos tenham assumido uma enorme importância.
Nos pisos de habitação, a escolha recaiu no SlimPatio 68, o sistema deslizante da Reynaers Aluminium, cujas linhas minimalistas, com perfis ultrafinos e aro oculto, permitiram garantir que as janelas, de alto a baixo e até quatro folhas conforme a tipologia do apartamento, proporcionassem uma enorme ligação com o exterior, com uma vista panorâmica deslumbrante e muita luminosidade, mantendo todo o conforto térmico e acústico. Não admira, por isso, que este sistema tenha sido vencedor nos prémios Archiproducts, em 2021.
Tanto em termos acústicos como térmicos, tínhamos o desafio da localização exposta a tráfego automóvel e aéreo, que foi resolvido em conjunto. Conseguimos uma solução muito robusta que conseguiu anular o ruído e controlar o efeito térmico.
A mesma lógica de simplicidade foi também transposta para o interior. E, mais uma vez, a transparência e amplitude foram a base destes espaços, em combinação com uma criteriosa seleção de materiais tradicionais da região de Lisboa; uma paleta de cores contida, e as mesmas linhas verticais e minimalistas, que permitem que cada espaço possa, depois, ser apropriado por cada morador de forma única.
Seguindo a tradição da avenida, o projeto manteve os espaços de lojas no piso da rua, e para estes optou-se pelo versátil sistema SlimLine 38 por assegurar, também, os melhores desempenhos da classe, bem como pelo ConceptWall 50 - Estrutural Grampeada com vidro colado pelo exterior que, além de uma grande velocidade de construção, permite esconder os caixilhos e deixar visíveis apenas os vidros e azulejos. Para as portas foi utilizado o sistema MasterLine 8 por garantir excelentes níveis de segurança, isolamento térmico, e estabilidade.
Apesar dos desafios logísticos e técnicos, acentuados pela pandemia, pela escalada generalizada dos preços dos materiais e a escassez de mão de obra, orgulha-nos chegar ao fim deste longo processo com um edifício que respeita a ideia original e com qualidade, sem grandes desvios ao que estava previsto. Isto nem sempre acontece. Uma obra feita - e bem feita - sem alterações de monta.
Com 10 andares, incluindo uma penthouse no terraço, apartamentos de T1 a T4, estacionamento, ginásio, spa, piscina, banho turco e sauna, jardins no logradouro e uma pequena zona comercial no piso térreo, Linea Residences simboliza a nova vida das Avenidas Novas – uma vida em pleno centro da cidade, onde a simplicidade se traduz em conforto e num novo estilo de vida.
Sistemas Reynaers utilizados
Parceiros envolvidos
Arquiteto
- Contacto Atlântico
Fotógrafo
- Contacto Atlântico
Outros parceiros
- Habitat Invest (Investors)
- UDRA (Construction managers)